ANM mining process number: 870.609/1991
Current phase: Requerimento de Lavra
Mineral Substance: Granito
Area (ha): 535,00
County: Jequié
state: Bahia
Description: A jazida do Kashmir Bahia localiza-se na Fazenda Segredo, no bairro Cidade Nova, periferia de
Jequié-Ba, distando apenas 2 Km da BR-116 (Rodovia Presidente Dutra).
Esta rocha foi introduzida no mercado nos anos 1996 e 1997.Devido a sua similaridade com o conceituado White Kashmir produzido na Índia, foi comercialmente batizada de Kashmir Bahia. Portanto, ela é a verdadeira e única jazida com estas características no Brasil.
O Kashmir Bahia esteticamente é uma rocha de cor branca, granulação fina, e pontuações avermelhadas, marcada por uma leve movimentação dos seus constituintes minerais, tornando o ambiente claro e agradável.
Na época, o granito Kashmir Bahia ganhou notoriedade nacional não apenas por suas qualidades estéticas, mas também por apresentar índices expressivos nos ensaios físicomecânicos, especialmente pela sua alta resistência à flexão e ao impacto. Essas propriedades permitem sua utilização na construção civil, tanto em pisos quanto em revestimentos internos e externos. Além disso, suas significativas reservas geológicas e o potencial produtivo de sua jazida tornam-no ideal para grandes obras.
No item 5, Geologia da Área ANM 870.609/1991(adiante), será apresentado os resultados os índices referentes aos ensaios físicos – mecânicos e sua composição mineralógica, realizados no Instituto de Pesquisas Tecnológicos do Estado de São Paulo – IPT. Em uma série de avaliações entre diversos granitos de tonalidade branca no Brasil, o Kashmir Bahia foi selecionado para obra internacional da CENU-Centro Empresarial das Nações em São Paulo -SP, por atender as rigorosas especificações físico-mecânicas e estéticas. Foi fornecido para esta obra 86.000 m² para revestimentos. O artigo “Kashmir Bahia impõe personalidade ao Centro Empresarial Nações Unidas” da Revista Rochas de Qualidade narra com detalhes a sua aplicação. Recomenda-se a leitura deste artigo em anexo.
O complexo do CENU / São Paulo – SP, composto pelas Torres Norte, Leste e Oeste, com 34, 25, e 25 pavimentos respectivamente, está totalmente revestido por pelo granito Kashmir Bahia utilizando-se de uma tecnologia alemã de ancoragem (fixação) das placas/ladrilhos nas estruturas destes arranha-céus. Essa tecnologia, inédita no Brasil, envolve a aplicação de “inserts” em aço inox. De acordo com a equipe de engenharia da construtora CENU, devido as alturas dos empreendimentos, força dos ventos, umidade e constantes oscilações de temperaturas, , a tecnologia de fixação empregada só foi possível graças às características físico-mecânicas do granito Kashmir Bahia.
Durante esse mesmo período, além de atender o mercado interno, principalmente com a grande obra do CENU, o Kashmir Bahia também foi testado e aprovado no mercado externo. Apesar da concorrência do renomado Kashmir White indiano, o granito Kashmir Bahia foi bem aceito nos Estados Unidos na forma de chapas e na Europa (Itália e Espanha) na forma de blocos. Em ambos os mercados, o Kashmir Bahia obteve excelente aceitação.
Foto da obra Internacional do Centro Empresarial Nações Unidas-CENU/São Paulo -SP. Torres revestida externa e internamente pelo granito Kashmir Bahia.
Direito Minerário: O processo minerário em fase de Requerimento de Lavra (Relatório Final de Pesquisa aprovado pela ANM em 06/02/1998). Localizado nas proximidades da área urbana do munícipio de Jequié.
A área em questão referente ao Processo ANM nº 870.609/1991, encontra-se perante a Agência Nacional de Mineração em situação ativa, e status atual de Requerimento de Lavra. Com o Alvará de Pesquisa Nº 2.632 publicado no D.O.U de 26/08/1993, a Granito Branco Mineração Ltda, apresentou tempestivamente o Relatório Final de Pesquisa Positivo para a substância mineral GRANITO em 23/08/1996. Durante os trabalhos pesquisa, foram solicitadas e emitidas duas Guias de Utilização. A primeira, G.U nª 004/96 de 09/08/1996, com vencimento em 09/02/1997, e a segunda G.U nª 004/97 de 17/04/1997 com vencimento em 16/10/1997, ambas com 600 m³ (seiscentos metros cúbicos) para extração da substância mineral granito. sendo aprovado pela ANM com redução da área para 535 hectares e publicado no Diário Oficial da União. Em 06/02/1998, o processo em pauta, obteve a aprovação do RPPM publicada no DOU. Em 08/09/1999 foi protocolado o Plano de Aproveitamento Econômico. Em 19/03/2003 foi protocolado os seguintes documentos: requerimento de Guia de Utilização; Plano de Controle de Impacto Ambiental na Mineração – PCIAM; Plano de Resgate e Salvamento-PRS; Plano de Fechamento, Suspenção e Retomada das Operações Mineiras-PFM. Em 25/04/2023 foi protocolado Requerimento de Guia de Utilização para lavrar 16.000 (dezesseis mil) toneladas /ano de granito para revestimento. Em 15/04/2024 foi protocolado o cumprimento tempestivo da exigência formulada referente aos seguintes documentos: Plano de Gerenciamento de Riscos -PGR; Plano de Resgate e Salvamento-PRS; Plano de Fechamento de mina-PFM.
Localização da jazida em relação a cidade de Jequié e sua poligonal delimitadora. A linha em cor laranja, indica o acesso BR-116-jazida.
Contexto Geológico: A Geologia da região está inserida no denominado Domínio Jequié – Mutuípe que,
litologicamente, está representado por Rochas Ígneas enderbíticas, charno-enderbíticas, charnoquíticas e gabros-anortozíticos, reequilibradas na fácies granulito.
Este domínio abrange parte de chamado Complexo Jequié, que é um núcleo do de idade Mesoarqueana a Neoarqueana, do qual, no seu entorno acomodaram-se cinturões móveis de idade arqueana superior, representados pelos Complexos Caraíba (granulítico-gnáissico-migmatítico), Itabuna (granulítico) e Paramirim (gnáissico-migmatítico).
As unidades litoestratigraficas do Complexo Jequié estão dispostas da base para o topo da seguinte forma:
• Unidade Lajedo Tabocal: granito a tonalito granulítico, com granada, cinza a cinza-esverdeado, azulado ou esbranquiçado, granulação média a fina. Bandados ou foliados com textura milonítica a augen, com porfiroclastos de feldspato.
• Unidade Poço d’Anta: granodiorito a tonalito granulítico, cinza-esbranquiçado a cinza-esverdeado, granulação média a fina, foliação paralela ao bandamento e feições locais de migmatização. Localmente, intercalados com rochas metamáficas e metaultramáficas.
• Unidade Oriente Novo: granito a granodiorito granulítico, cinza-claro, granulação média a grossa, foliados e bandados.
• Unidade Povoado Nova Esperança: granito a granodiorito granulítico , cinza claroacastanhado a cinza-esverdeado, granulação fina a média, com porfiroclastos de feldspato, granada e enclaves de rochas máficas granulitizadas. Leucogranito granulítico granadífero, com granulação média a grossa e porfiroclastos de feldspato. Leucogranitos pegmatoides intrusivos por vezes concordantes à foliação.
• Unidade Iguaí: metagabro, metadiorito, tremolitito, formação ferrífera por vezes talcificados, verde escuros a pretos, granulação fina a média, foliados ou bandados, localmente isotrópicos. Eventualmente intercala das com faixas quartzo feldspáticas.
No domínio da área em pauta ocorrem unicamente rochas da Unidade Poço D’Anta com predomínio de rochas granodioriticas esbranquiçadas, com raras intercalações demetamáficas e metaultramáficas.
Mapa geológico regional.
Geologia da Área: Dentro dos limites da poligonal delimitadora da área, a litologia está representada por predominantemente por leucognaisses, constituindo-se numa estreita faixa de rochas supracrustais, e por rochas básicas, ambas concordantes com “trend” regional de direção NE.
Os leucognaisses constituem-se no principal alvo do presente documento, e foram no passado objeto de lavra em caráter experimental. Estas rochas de coloração cinza-esbranquiçada e mineralogia tipicamente quartzo-feldspática e com cristais espaçados de granada, ocorrem em zonas fortemente migmatizadas, conferindo-lhe um aspecto movimentado, esteticamente agradável.
Foram realizadas uma série de análises petrográficas, mineralógicas e ensaios tecnológicos no Instituto de Pesquisas Tecnológicos do Estado de São Paulo – IPT, cujos resultados encontram-se relacionados abaixo:
Resumo das análises petrográficas:
A granulação da rocha varia de fina a média, com alguns porfiroclastos de quartzo e feldspato e porfiroblastos médios de granada. Esparsas palhetas de biotita não passam de 5%. A petrografia classificou a rocha como um Granito Gnaisse.
Composição Mineralógica:
Microclina – 70 %
Quartzo – 20 %
Plagioclásio – 5 %
Granada – 3 %
Traços – Carbonato, Sericita e Zircão – 2 %
Características Físico-Mecânicas:
Massa Especifica Aparente Seca: 2.640 kg/m3
Massa Especifica Aparente Saturada: 2.645 kg/m3
Porosidade Aparente: 0.46 %
Absorção D’água: 0,18 %
Desgaste de Amsler (percurso 1.000m): 0,62 mm
Compressão Uniaxial Natural: 204,2 Mpa
Compressão Uniaxial após G.D: 203,9 Mpa
Dilatação Térmica Linear: 0,0090 mm/mº C
Teste de Resistencia ao Impacto: 0.57 m
Teste de Resistencia ao Impacto: 50.34 GPa
O Color Plate a seguir traz estas análises e ensaios físicos-mecânicos, vinculado a foto de uma placa
polida.
Resultados das análises e ensaios físicos-mecânicos.
Cubagem da Jazida Mineral: O Relatório Positivo Final de Pesquisa Mineral, referente ao processo ANM 870.607/1991, aprovado pela Agência Nacional de Mineração, publicado no Diário Oficial da União, em 06/02/1998, aprovou os recursos geológicos, apresentados resumidamente na tabela a seguir:
De acordo com o Relatório Positivo Final de Pesquisa Mineral, o presente quadro totalizador de reservas refere-se ao quadro de reserva mineral lavrável, ou seja, os trabalhos de pesquisa envolvendo sondagem simultaneamente com a abertura de frentes pilotos, aferiu uma recuperação de 28% (vinte oito por cento), para ambos os alvos pesquisados.
A vida útil total da jazida até sua exaustão, considerando as respectivas reservas geológicas “in situ” para granito, e um nível de produção em conformidade com guia de utilização solicitada, que é de 16.000 t/ano (dezesseis mil toneladas por ano), será de 113 anos e 10 meses.
Objetivando lavrar apenas a reserva medida do alvo da Fazenda Segredo, delimitada segundo a poligonal planejada com 31 ha (trinta e um hectares), conforme pode ser destacado no Mapa Geológico e Topográfico integrado. A sua exaustão, considerando uma produção em conformidade com guia de utilização solicitada de 16.000 t/ano (dezesseis mil toneladas por ano), se dará em 29 anos e 8 meses.
Portanto trata-se de uma razoável reserva, projetando uma vida útil suficiente até quando se tiver a outorga definitiva de lavra por parte da ANM, sem que haja necessidade de mudança da logística e a operação da mina.
Com o propósito de mostrar a grandeza do potencial geológico do maciço granítico e o local da intervenção mineira no passado, foi elaborado um vídeo com um voo panorâmico utilizando um drone. Recomenda-se assistir ao vídeo do voo panorâmico acessando o link abaixo:
Voo panorâmico sobre a jazida mineral:
Logística: A área do empreendimento está localizada na região sudoeste do Estado da Bahia, no município de Jequié, mais precisamente na periferia da sede municipal, no bairro Curral Novo. O município de Jequié situa-se no Território de Identidade Médio Rio de Contas.
A jazida está a 8 km do centro da sede municipal de Jequié. A partir da BR-116, no bairro Cidade Nova, segue-se por 2,5 km pela Av. Gov. Lomanto Jr. até alcançar a sede da Fazenda Segredo, próxima ao Residencial Segredo, no bairro Curral Novo.
Essa excelente localização permite uma logística altamente favorável, possibilitando o escoamento dos blocos de granito em qualquer época do ano.
Planta de Situação da poligonal ANM 870.609/1991
A tabela a seguir apresenta as distâncias da jazida Kashmir Bahia para os principais portos e polos de serrarias.
Value (R$): 3.500.000,00
Observação: O valor acima poderá ser negociado em parcelamentos, que incluiria 1(uma) entrada e número de parcelas a combinar, desde que estas parcelas estejam garantidas por carta fiança bancária. Neste caso a cessão total dos direitos minerários será disponibilizada imediatamente
Fotos:
Mapa geológico local com a localização da poligonal delimitadora do processo ANM 870.607/1991, assim como a área delimitada para lavrar, em relação as litologias do Complexo Jequié.
